domingo, 5 de fevereiro de 2012

Coleterol e o seu risco para Saúde


O COLESTEROL

As gorduras do sangue - os lipídios - são compostos principalmente pelo Colesterol, o HDL Colesterol (chamado de o bom colesterol), o LDL Colesterol (chamado de o mau colesterol) e os Triglicerídios. A Associação Médica Americana insiste em que os níveis de colesterol normais se situem abaixo de 200 mg % e que o HDL Colesterol esteja acima de 35 mg %. A Tabela do Massachusetts General Hospital de Boston adota como níveis normais, para as diferentes idades, a tabela abaixo:

Colesterol total

Menos de 29 anosabaixo de 200 mg %
de 30 até 39 anosabaixo de 225 mg %
de 40 até 49 anosabaixo de 245 mg %
acima de 50 anosabaixo de 265 mg %

Para o HDL Colesterol dão como valores normais

Homensde 30 a 70 mg %
Mulheresde 30 a 90 mg %

Para o LDL Colesterol

homens e mulheres50 a 190 mg %

Os riscos de doença cardiovascular relacionados aos índices dos níveis de Lipídios no sangue, formulados pela AAM Americana são:

Colesterol menor do que 200 mg % e HDL Colesterol maior do que 34 mg %.
Se não houver outros fatores de risco, a chance de doença cardiovascular é relativamente pequena. Essa pessoa deve repetir os exames a cada 5 anos e deverá seguir as recomendações para prevenir as doenças cardiovasculares.

Colesterol menor do que 200 mg % e HDL Colesterol maior do que 35 mg %.
Primeiro, deve verificar o LDL Colesterol e falar com o seu médico sobre qual a conduta a seguir. Segundo, controlar os outros fatores de risco e terceiro, aumentar a sua atividade física.

Colesterol entre 200 e 239 mg % e HDL Colesterol acima de 34 mg % e menos do que dois fatores de risco.
Essa situação pode duplicar as chances de ter doença cardiovascular. Os incluídos nesse grupo devem primeiro corrigir os outros fatores de risco; segundo, controlar o colesterol a cada dois anos e terceiro, basicamente, procurar modificar a sua dieta e aumentar sua atividade física. Nem todas as pessoas que têm esses níveis estão realmente ameaçadas de doença cardiovascular. Fale com o seu médico a respeito disso.

Colesterol total de 200 a 239 mg %, HDL Colesterol menor do que 35 mg % e mais do que dois fatores de risco.
Nesse caso a pessoa pode ter uma chance dobrada de doença cardiovascular assim como as pessoas com menos de 200 mg %. Deverá verificar o LDL Colesterol e falar com o seu médico, que o orientará sobre os controles e as medidas a seguir. Também deverá controlar os outros fatores de risco, corrigir a dieta e aumentar a atividade física.

Colesterol acima de 240 mg %.
O risco de doença cardiovascular é grande e maior ainda, se tiver outros fatores de risco. Deverá verificar o LDL Colesterol e mostrar ao seu médico que vai interpretar os exames. O seu médico irá orientá-lo para reduzir esse e os outros fatores de risco.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Doenças da Pele: Cistos Epidérmicos e Triquilemais, Milium, Lúpia

Doenças da Pele

Cistos Epidérmicos, Cistos Triquilemais

O que é?

Conhecidos popularmente por "cistos sebáceos", os cistos encontrados com maior frequência são os epidérmicos e os triquilemais. O conteúdo de ambos não é sebo e sim queratina, a substância que forma a camada mais superficial da pele.

Os cistos epidérmicos são os mais frequentes e resultam da proliferação de células da epiderme dentro da derme, o que pode ser devido a uma tendência genética.

Os cistos triquilemais ou cistos pilares são menos frequentes e se originam do folículo piloso, ocorrendo principalmente no couro cabeludo. Antigamente eram chamados de cistos sebáceos.

Um cisto sebáceo, mais adequadamente chamado de cisto epidérmico é um caroço fechado abaixo da superfície da pele preenchido com material branco, semi-sólido, e de odor forte, sendo chamado de sebum. O cisto epidérmico é macio ao toque, de tamanho variado e geralmente de formato redondo. Trauma na pele, ou dos folículos cutâneos podem causar o cisto.

Algumas fontes afirmam que um cisto sebáceo deveria ser definido não pelo conteudo do cisto (sebum), mas pela sua origem (glândulas sebáceas). Como um cisto epidérmico origina-se na epiderme, enquanto outros tipos de cisto se orginam nos folículos pilosos, nenhum dos dois deveriam ser chamados de cisto sebáceo. Porém, na prática, estes dois tipos de cistos também são denominados cistos sebáceos, devido ao seu conteúdo (sebum). O cisto sebáceo stricto sensu, relacionado com a glândula sebácea, é uma condição rara.

Pode acometer qualquer segmento da pele e semimucosas. Cisto sebáceo não é canceroso (maligno). Geralmente requer tratamento médico quando apresenta crescimento ou quando se torna infectado. A excisão do cisto (cirurgia) é um procedimento relativamente simples e é curativo.

Manifestações clínicas

Apresenta vários diagnósticos diferenciais como outros cistos, tumores benignos e malignos - sendo assim, é fundamental uma consulta médica para avaliar adequadamente a doença e tratamento.

As lesões são esféricas, geralmente móveis, indolores, de consistência elástica ou endurecida. Podem variar de pequenos cistos (menores de 1cm) até lesões com vários centímetros de tamanho. A cabeça, pescoço e tronco são as regiões mais afetadas. Pode haver um ponto central, escuro, da abertura de um folículo piloso.

Os cistos são assintomáticos mas, se localizados sobre extremidades ósseas do tronco ou no couro cabeludo, podem causar incômodo ao deitar ou se encostar.

Em caso de inflamação secundária por ruptura da cápsula e/ou infecção, o cisto torna-se avermelhado, quente e doloroso.

Tratamento

O tratamento dos cistos é cirúrgico. Dependendo do tamanho, tipo e localização da lesão, o procedimento poder ser apenas a incisão, drenagem do conteúdo do cisto e destruição da cápsula com cáusticos.

O mais recomendado é a retirada completa do cisto incluindo a sua cápsula (excisão e sutura). A permanência da cápsula, ou de um fragmento desta, pode ser responsável pelo retorno da lesão.

Deve-se evitar espremer os cistos, pois isso pode provocar a ruptura de sua cápsula e eliminação de seu conteúdo dentro da pele, o que causa inflamação intensa no local.

Cistos inflamados devem ser tratados com anti-inflamatórios e antibióticos, de acordo com cada caso. A drenagem do conteúdo do cisto acelera o processo de cura.

Existe um tratamento não-cirúrgico que é efetivo: consiste em colocar diretamente sobre o cisto uma bolsa de água quente (na temperatura da água de banho) por 15 a 30 minutos duas vezes por dia durante 10 dias. O cisto diminuirá gradualmente até desaparecer (embora ele pode retornar em alguns casos). Este método funciona porque o calor derrete o material "gorduroso" (sebum) dentro do cisto, transformando-o aos poucos em pequenas quantidades de um fluido oleoso, o que facilita sua reabsorção e processamento pelo organismo.


Milium e Lúpia

O que é?

Milium são pequeninas lesões amareladas ou esbranquiçadas, superficiais, localizadas frequentemente na face e, principalmente, ao redor dos olhos. Em alguns casos o milium pode atingir tamanhos maiores. Pode surgir também em cicatrizes ou após a dermoabrasão (procedimento no qual é feito um lixamento da pele).

Lúpia, são cistos epidérmicos que aparecem na bolsa escrotal e grandes lábios. Existe uma tendência hereditária para o seu surgimento, que costuma ocorrer na fase adulta.

Manifestações clínicas

As lesões se manifestam formando cistos de coloração amarelada, arredondados ou ovalados, com dimensões que variam de poucos milímetros a um centímetro. Pode aparecer como lesão única ou várias lesões.

Tratamento

O milium pode ser destruído com a aplicação de determinados cáusticos pelo dermatologista ou através de uma micro incisão para a retirada do seu conteúdo.

O tratamento é cirúrgico e deve ser realizado por profissionais habilitados, como o médico dermatologista. A lesão deve ser retirada completamente para evitar a recidiva no mesmo local.

Colaboração: Dr. Roberto Barbosa Lima - Dermatologista
Fonte: http://www.dermatologia.net

Entenda como é a pele


A pele humana é o maior órgão do corpo em termos de superfície e peso. Como todo órgão, é um conjunto de tecidos que possuem células com diferentes funções. A pele e as estruturas como pelos, unha e glândulas formam o sistema tegumentar.

A pele reveste externamente todo o corpo. Possui duas camadas principais: camada superficial de células epiteliais bem unidas (epiderme) e a camada mais profunda que possui tecido conjuntivo denso (derme).

Epiderme

A epiderme é feita de cámadas de células que podem variar de espessura conforme o local do corpo. Áreas com constante fricção ou pressão costumam ser mais espessa como solas dos pés e palmas as mãos. As células mais profundas da epiderme são mais novas e estão em constante processo de divisão celular. Já as células mais superficiais da epiderme são mais velhas. Nesta área mais superficial encontramos a camada córnea que possui células mortas. Este é o local onde podemos encontrar queratina. É uma área extremamente importante, pois protege o corpo contra invasões e evita perda de água. Quando se faz uma esfoliação ou até um peeling menos agressivo, por exemplo, são retiradas as células superficiais que geralmente estão mortas. Com o passar dos dias as células perdidas são constantemente substituídas por células das camadas mais profundas da epiderme.

Não há vasos sanguíneos na epiderme. A única forma de nutrição das células da epiderme é a difusão, ou seja, os nutrientes que vem da derme passam de célula a célula. Por isso as células mais superficiais morrem.

A cor da pele é resultado da produção de melanina (proteína que combate aos raios ultravioletas) pelas células chamadas melanócitos. Essa quantidade de melanina produzida depende dos genes que a pessoa tem. Quanto mais genes para a produção dessa proteína, mais melanina é produzida. Portanto, a quantidade de melanócitos entre as pessoas é a mesma, o que difere na cor da pele é a genética. Quando uma pessoa se expõe ao sol os melanócitos sobem, ficando mais perto da superfície, por isso que ficamos morenos.

Derme

A derme é um tecido que possui grande quantidade de tecido conjuntivo como fibras elásticas e colágenas, músculos, gordura, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Grande parte da derme é feita de tecido conjuntivo que tem como uma de suas funções a sustentação da pele. Isso acontece graças às fibras de elatina e colágeno (proteínas). Quando perdemos, com o passar dos anos, essas proteínas, percebemos o apareciemnto de rugas e flacidez. Na derme também temos os músculos inteligados aos pelos. Os pelos nascem no folículo piloso e saem pelos poros. Nesse mesmo folícilo piloso há as glândulas sebáceas que porduzem óleo para lubrificar a pele e os pelos. Também encontramos na pele as glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção do suor (controle da temperatura corporal). Os capilares e vasos sanguíneos e linfáticos passam por toda a derme, principalmente na hipoderme.

Na hipoderme há tecido conjuntivo frouxo. Nesse tecido conjuntivo frouxo é onde se depositam células de gordura do tecido adiposo. É importantíssimo lembrar que a gordura é essencial ao corpo. Para a pele, a gordura sustenta os vasos sanguíneos. Sem um mínimo de gordura corporal ocorre hemorragia.